Olá amigos, Estava eu, seguindo o Blog do Fábio, quando deparei com uma postagem que me fêz voltar a alguns anos atràz, quando da doença do meu pai. MAL DE ALZAIMER.Algum tempo após minha mãe falecer,começamos a perceber que meu pai esquecia muito das coisas,começou a falar de amigos bem distantes da sua infância, começou a cantar músicas que eu costumava ouvir ainda quando eu era criança,falava de coisas e fatos ocorridos em 30,40,50,
anos atráz.Levei-o ao médico e após exames foi constatado Alzaimer.Começou então para a família uma mudança de hábitos, de procedimentos,de cobranças, de acusações, de brigas.
Com a aposentadoria do meu pai, pagamos uma acompanhante para cuidar dele, pois tinhamos que trabalhar durante o dia, mas ele começõu a mostrar-se agressivo com a acompanhante, e passei eu a cuidar dele.Ligava aos irmãos para ajudarem a dar um banho, a trocar uma roupa, mas cada um dava uma desculpa, e só pude contar mais, com duas irmãs.A vida social minha,da esposa e dos filhos ficou a zero.Um dia PRECISEI FAZER UM B.O NA DELEGACIA, contra meu irmão mais novo,pois não ajudava com medicamentos, não visitava nosso pai, não ligava para saber como estava, enfim o abandonou.Foi estipulado que o mesmo ajudasse na medicação e dava uma cesta básica mensalmente, mesmo não visitando o pai.
Acompanhei passo a passo a sua degeneração de memória,esqueceu-se que era casado, depois foi esquecendo dos filhos,começou a chamar-me pelo nome do seu irmão mais velho (Epitácio),falava dos bailes que ia quando tinha 20,18,16,15 anos, e depois passou a me chamar de papai.Isto me deixava muito mal psicologicamente, pois era seu filho e não seu pai. Levei-o a médico para consulta de rotina, e uma psicologa disse-me que como eu cuidava bem dele,associou isto ao seu pai. Posteriormente começou a fazer a necessidades na roupa e passou a usar fraldas descartáveis. Até que um dia, desceu do sofá e ficou no chão como a engatinhar.Senti que já estava entrando em depressão,chamei meus irmãos, perguntei se algum podia ficar com ele em suas casas até eu me restabelecer, e como ninguém se propôs, não vi outra alternativa a não ser internná-lo em uma Clinica para Idosos muito bôa, e que ficava proxima a minha residência.Lá eu podia visitá-lo a qualquer horadio diurno, e aproveitava para tirar a barba e conversar com os idosos que gostavam de um bom papo, até que seis meses após meu pai veio a falecer.
Esta é uma doença terrivel, mexe com o psiquico dos parentes, e se não houver colaboração de todos, um só é impossivel cuidar de um paciente com Alzaimer,toda a familia deve se unir e ajudar. Sinto falta dos meus pais, mas sinto mais do papai, pois acompanhei seu sofrimento do inicio ao fim.....bem estava só pensando um pouquinho....A vida continua, temos que vivê-la, e vamos viver com saúde,alegria, felicidades, até quando der.....
Um abraço,
Levy
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